quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Perspectivas

Na mesma medida em que algumas perspectivas vão por terra, outras novas parecem cair do céu. A perspectiva só pode ser vista se considerarmos que a todo momento estamos diante de escolhas, e que cada uma delas implica na renúncia de algo. Até para a seleção natural, proposta de Charles Darwin para compreensão da evolução, há escolha de uma característica importante para a sobrevivência da espécie em detrimento de outra. Essa escolha tem implicações. Para ter boca, ganhamos o queixo. Para usar a perna para locomoção, ganhamos articulações. Para pegar objetos, ganhamos um polegar que se opõe aos outros dedos.

A perspectiva que cai por terra nada mais é do que uma opção de escolha que deixa de estar disponível. A perspectiva que se abre passa a ser então uma nova opção de escolha ou os novos pesos das escolhas que permaneceram. Olhando nua e cruamente não haveria possibilidade de lamentação, já que minimamente existem perspectivas remanescentes ao invés de novas. O tempo gasto na lamentação seria perdido.

Talvez a melhor saída seria substituir onde o tempo é gasto. A lamentação pode ser substituída no planejamento, em que se pergunta onde quer estar a curto, médio e longo prazo. Daí certamente surgirá a tal. Também pode ser trocada por novas maneiras de enxergar a situação presente, acrescentando novos pontos de vista e, conseqüentemente, novas possibilidades de manejo da situação.

Não se deixe levar pelas perspectivas que vão por terra abaixo. Olhe para cima e verá as novas perspectivas acenando cada vez mais próximas.

03/02/2010

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