segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Elasticozinhos

Arte de Weberson Santiago


Aderi à ordem da arrumação de fim de ano e resolvi dar o que não me serve mais e, o mais difícil, aceitar que devo me desfazer daquilo que guardei e não achei uso e do que não vejo mais finalidade no armazenamento. Em meio aos objetos largados fui encontrando elásticos. Não os amarelos de escritório, e sim os de cabelo. Elasticozinhos. Aqueles pequenos e coloridos, geralmente fosforescentes. Dos que se compra aos punhados e cabem no dedo.

Como um detetive seguia intrigado no rastro das pequenas amarraduras de cabelo e concluí que só poderiam ser da Anelise. Seus cabelos loiros e lisos não aceitam ficar presos por muito tempo. Os elasticozinhos vão escorrendo nos fios até cair no chão. Na pressa, é mais fácil para a mãe dela pegar outro ao invés de sair caçando o elástico perdido.

Anelise é filha da Natália, minha namorada. No dia em que nos conhecemos, ela me contou de sua maternidade. Eu confesso que achei interessante, por mais estranho que isso pareça. Depois compreendi que uma tendência a gostar de novidades disfarçou minhas resistências. Estas eu constatei depois de adiar a contar a meus pais sobre a existência da filha da Natália. Diante da indiferença deles perante a novidade, percebi que o estranhamento era meu, só meu. O receio da reação deles estampou minha dificuldade em pular de cara as páginas do namoro e passar para o álbum de família. Algumas situações trouxeram restrição à nossa liberdade, decorrências deste nascimento anterior ao nosso encontro, mas nada que boa vontade e paciência não venham resolvendo.

Não demorou muito para Anelise e eu sermos apresentados. Foi quando ela conheceu quem era o tal sequestrador de mãe. Depois que nos conhecemos, a mãe dela e eu, não nos desgrudamos mais e eu virei o ladrão. Se não bastassem o trabalho e a faculdade dela, eu apareci como o compromisso adicional, o motivo do abandono. Passei a ocupar horas daquela mulher que deveriam ser apenas dela.

Perto de completar três anos, a pequena está sob efeito da descoberta de que é gente (ou como se diz na psicologia, que tem um eu). Traduzindo em comportamentos: bate o pé por suas vontades, compreende muito do que acontece a sua volta mesmo com tão poucos centímetros de altura e gosta de deixar claro que já tem suas preferências. Mesmo assim, não nos restou outra opção. Tive de abrir mão de certo egoísmo. A Ane também.

Foi aí que percebi que o meu maior desafio não foi conquistar a mãe, mas sim a filha. A intimidade começou gradativamente em conversas pelo celular, passando pela liberdade de lavar sua mão e sua boca suja de chocolate, até um recente convite para nadar em sua piscina. A expectativa dessa progressão geométrica era o natal. Passamos juntos os três na minha família. Estava animado esperando por isso, preparei os presentes e fiz como meu avô fez com meu pai e meu pai fez comigo. Colocamos grama para a rena e saímos para a ceia. O papai Noel visitou a minha casa e deixou os presentes enquanto a rena comeu toda grama.

Anelise é meu estágio para a paternidade. Estágio é fazer o trabalho de um profissional sem a responsabilidade e a recompensa desse profissional. O cargo de namorado da Natália me incumbe de ser paternal com a Anelise. Ser paternal sem ser pai. Ela sempre gosta de lembrar que tem seu pai, num certo inconformismo por ele não ocupar o lugar que eu ocupo hoje na vida delas. Em algum momento eu me incomodei, até descobrir que ela fala para o pai de um tal amigo Augusto “que tem o carro que pula”. Eu ignoro algumas lombadas e ela adora. Mergulhei nesse estágio de cabeça, sem vergonha de curtir os passeios ao pula-pula, a visita à casa do papai Noel, ao circo e a praça em um fim de semana a três.

Foi neste 2010 que a Natália me conquistou deixando recados quando passava os finais de semana na minha casa. Não na forma de bilhetes, mas pelos objetos deixados e esquecidos que foram encontrando seus lugares. Um creme que ficou pra trás significava um “sinta meu cheiro durante a semana”. Um sapato de salto perto da cama me dizia “este quarto tem dona”. A escova de dente foi a maior declaração de todas: “me casaria com você”.

Aonde vou penso nelas. Na prateleira do supermercado diante da garrafa pet e da minigarrafinha. Olhando para o chocolate de barra e o bombom. Fui pego pela publicidade em uma venda casada, e estou gostando de pagar o preço. Meu presente foi ter encontrado a namorada e ter ganhado uma miniatura de brinde. São minhas escolhas que me fazem pensar que em 2011 estarei em boas companhias, e com uma coleção de pequenos elásticos. Não é apenas no jeito de andar, na vontade de falar e na aparência que elas são iguais. Depois deste fim de semana na minha casa, encontrei uma peça do brinquedo de montar ganho no natal debaixo do colchão onde ela dormia. A pequena também deixa bilhetes. O significado deste: “gostei tanto do fim de semana que eu volto pra buscar a peça que eu esqueci”.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Criatividade Arrogante

Arte de Weberson Santiago


Nessa onda das reflexões de fim de ano cheguei à conclusão que minha criatividade é arrogante. Ela se antecipa em querer descobrir como se faz toda e qualquer coisa que observo. Inspeciona o que está na minha frente até descrever os materiais ou ingredientes. Antes parasse por aí. Que nada. A arrogância faz questão de mostrar que sabe fazer igual, e tem o péssimo hábito de tentar fazer melhor.

Sempre foi assim. Quase que um vício em aprender a fazer. Começou com a culinária. Se engana quem pensa que foi uma tentativa de impressionar. Necessidade mesmo. Cansado de me deparar com o hambúrguer deixado pela empregada no final do dia. Já na adolescência testava o molho bechamel no macarrão. Consultava uma coleção de livro de receitas que minha mãe fez e que vinha toda semana junto com o jornal.

Minha mãe nunca foi de cozinhar durante a semana, mas manteve os livros de todas as culinárias do mundo e a dispensa para que eu pudesse driblar a fome e me fazer cozinheiro. No livro, passo a passo com foto. A invenção de novas combinações foi uma questão de tempo e de preguiça, e não de segurança. Na hora de repetir a receita, a moleza de subir na grande estante de ferro para pegar o livro me levava à variação nas quantidades e ingredientes.

Quando fui morar em São Paulo durante a faculdade, meus principais problemas eram a falta de dinheiro, o preço do aluguel e da comida. Quando abriu a barraca de sanduíche na rua de casa, encontrei o meu Mc Donalds. Foi comendo o Misto Quente de café da manhã até o X-Tudo do jantar que descobri que tinha o mesmo atendimento do Burger King, podia pedir o lanche da minha maneira. Da saída do funcionário do caixa do carrinho me restou o convite para meu primeiro emprego.

O dono era um migrante analfabeto, que havia feito o recrutamento e a seleção ao me observar. Viu minhas habilidades para fazer contas enquanto comprava dele e teve como prova de minha honestidade o dia em que lhe falei o erro do Banner/Cardápio de seu estabelecimento móvel: Lanches do Pedrininho (se bateu o olho e leu Pedrinho, leia novamente). O caixa e as compras eram fechados por sua mulher, que tinha curso técnico em contabilidade.

Meu papel se resumia a entregar o refrigerante e a cobrar o cliente. Muitos eu já conhecia de dividir as cadeiras na calçada durante as refeições. O Pedro se deu bem ao achar um espaço perto de um shopping onde os próprios vendedores evitavam a praça de alimentação para economizar. Nos finais de semana era o dia todo de pé, mas a movimentação da rua compensava. Se eu fosse cronista naquela época, hoje seria pós-graduado em filosofia do cotidiano.

Para minha criatividade, dar o troco e pegar a lata certa de refrigerante era pouco. Não cansava de notar o trabalho do chapeiro. Em uma hora de pouco movimento, resolvi me arriscar, fiz um sanduba completo para mim mesmo. Numa dessas, chegou um cliente e fez o pedido. Eu mandei o lanche. E de vez em quando trocava de posto com o amigo da chapa. Quando percebi, me gabava de quebrar os ovos com apenas uma mão. O ápice da função do chapeiro é jogar o ovo e o hambúrguer pra cima e ele cair do lado oposto, mas quebrar o ovo com uma mão já impressiona e demonstra aptidão para o posto. Dizem que não existe erro em investir em comida, mas essa regra não se aplica quando não há alvará de funcionamento e a lanchonete funciona na calçada.

Algum tempo depois de tentar minha carreira na manipulação de alimentos, já estava fadado ao estágio em uma empresa pública. Tive uma amiga que passou um ano fora e que conheceu um grande amor. Foi na vinda dele para o Brasil que minha criatividade ficou irrequieta. O cara era estilista no México, cortava os próprios cabelos e usava um corte moderno, descolado. Esta aí o maior grau de arrogância que a criatividade pode atingir. Rejeitar uma segunda pessoa para acertar o corte é sinal de soberba e deixa qualquer sujeito metido a criativo no chinelo. Comprar peças de roupas que chamam atenção é fácil perto de produzir uma própria escultura capilar. Domínio das próprias mãos, dos próprios cabelos, de alguma técnica e quem sabe até da gravidade.

O problema é que a arrogância da minha criatividade não permite que eu pergunte como se faz. Tem que produzir o próprio caminho, e isso me custa certos tropeços. Sabia que ele usava a máquina e arrumei uma. Foi uma catástrofe. Os funcionários da repartição onde estagiava que exalavam naftalina me olhavam como se eu trabalhasse fantasiado de Adão. Por pena, o mexicano acabou cortando o meu cabelo. Como a criatividade é operante, havia optado por deixar de lado uma nova tentativa de autocorte de cabelo. Acontece que a minha variabilidade comportamental acaba pescando uma vontade já empreendida e nem sempre bem sucedida.

Sem previsão de ir a São Paulo cortar com a Cassia, somei o que aprendi sobre a máquina a vendo cortar meu cabelo nos últimos 10 anos, mais o que aprendi com o mexicano e voilá. Arrisquei o corte e achei que ficou bacana. Meus avós comemoraram a diminuição do comprimento. A namorada ficou em dúvida se eu mesmo havia feito ou se tinha ido a algum salão.

Preocupada com o futuro, ela alertou: “É melhor não pegar o hábito de sempre cortar porque pode dar errado da próxima vez”. Ela não sabia que a arrogância da minha criatividade não aceita terceirização depois que centralizou a execução.



domingo, 12 de dezembro de 2010

Excerto Reflexivo sobre a Abertura da Exposição

Tendo chegado, o dia começou no escuro e demorou a passar até às dezoito horas. Aquarela emoldurada, lembranças feitas, portfólio impresso, banner de divulgação e cartazes espalhados, imprensa convidada. Tudo preparado. Passadas duas horas, ao final, um sentimento de sagacidade. Havia me dedicado por semanas para proporcionar um momento diferente para meus convidados, familiares e amigos. Um entusiasmo inibido e até melancólico, resultante de um momento especial, daqueles únicos, que pode ser chamado sublime. Assim foi a abertura de ÁRVORE DA VIDA.

Naquela Biblioteca, pessoas muito importantes: meus quatro avós, pais, irmã, tios e tias, um grupo de jogadores de basquete que intervenho, amigos de trabalho do clube, um grande amigo médico com quem dividia o consultório e a oficina de artes, sua família. Pessoas que me acompanharam no período em que cada obra foi feita, que viram cada painel sendo pintado.

No decorrer deste ano de 2010, quatro artistas foram convidados para uma exposição de 40 dias, sendo 20 na Biblioteca e 20 na Academia do clube. Quando o Marketing da Associação Esportiva Mocoquense, a partir da ideia de Diretora de Cultura Matiza R. Lima , convidava os sócios artistas para exporem seus trabalhos no Projeto Arte no Clube, resolvi me inscrever.

Comecei a pintar tampas de caixas de madeira como passatempo e presenteava os amigos. Quando montei minha primeira sala de atendimentos em 2006, resolvi pintar um painel para enfeitar. Ficou interessante, mas pequeno para a parede. Comprei outra do mesmo tamanho e explorei a mesma temática para compor um par. Daí que parti para telas maiores e com propostas variadas, acumulando até 2010 oito painéis e uma dezena de aquarelas.

Buscar os quadros presenteados foi uma aventura, precisei viajar, marcar encontros, pedir envios, fazer novena para nada estragar no transporte. Cada uma que voltava as minhas mãos, dispunha na sala de espera do atual consultório e observava. Olhava para aquelas produções e resgatava uma lembrança ou um esquecimento. Cada um que chegava era catalogado, descrito. E quando chegaram os últimos pude olhar para minhas pinturas como um todo.

Exposição é um nome pesado, um fardo. Se expor pode ser arriscado, mas em nenhum momento me senti desnudado e sim orgulhoso em expulsar de mim todos aqueles sentimentos. Não conseguia pensar em outro aforismo mais apropriado que o de Nietzsche: “Temos a arte para não morrer da verdade”. O que seria de minha saúde psicológica sem esses painéis?

Inclui uma crônica escrita a quatro mãos com o amigo e aluno César, em março deste ano, quando percebi que, dos oito painéis pintados, sete contém árvores. Conversando com o Fábio Vieira, aluno e ator, descobri que ele faz uma performance chamada Árvore da Vida, que me encenou no dia seguinte. A apresentação pareceu-me ter sido feita para a exposição que, por sua vez, casava com a crônica.

A sequência programada foi: abertura pela Diretora de Cultura, minha leitura da crônica e a apresentação da performance com o Fábio, o ponto mais emocionante do evento. Uma forma de avaliar um acontecimento é analisar os efeitos que ele produziu. Observei que todos os presentes com os quais me encontrei no dia seguinte carregavam consigo um sorriso de satisfação. O objetivo da abertura havia sido atingido.

Recebi ligações e depoimentos diversos sobre a valia dos momentos vividos e impressões diante das pinturas. Não obstante, fiquei surpreso com o maior sucesso: a tela Madrugada. A grande janela preta com um caminho e árvores em alto relevo. Cheguei a ver diante de mim olhos marejados, os que conseguiram arrestar os sentimentos que tive no momento da criação.

Matiza, em seu discurso de abertura, dizia que sou um artista em formação, iniciante. E não haveria como não ser em meus primeiros painéis. Ela definia a desambição com que tudo começou. Citou, também, certo traço infantil, que acredito ser uma verdade. Talvez a maturidade que me exige o cotidiano tenha sido amenizada por comportamentos infantis em algumas pinceladas. Uma esquiva criativa. Definições à parte, enchi meus pulmões de inspiração para uma nova ceifa de painéis, com previsão inicial de serem expostos em 2015.

Cada convidado recebeu um minivaso com uma muda de planta suculenta com o objetivo de estimular o cuidado, a paciência, a interação com a vida. Não ao acaso, um papel preso ao vaso. Impressa em letras destacadas, a frase: “A despretensão pode esconder o nascimento de uma grande construção”.




quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

GALERIA DO OBSERVATÓRIO




Exposição ÁRVORE DA VIDA

Ano
Título
Tamanho
Material
Proprietário
2010
Árvore da Vida
21 x 29 cm
Tinta Aquarelada em Papel Canson
Técnica de sopro com canudo
César Augusto Vicinança Mônaco

Esta aquarela foi feita com uma técnica simples e divertida: tinta diluída em água e canudo de refrigerante. A ideia é soprar a tinta até que o desenho vá se formando.


Determined & Undetermined Texture
Supplemental & Non-Supplemental Texture











Ano
Título
Tamanho
Material
Proprietário
2006
Determined & Undetermined Texture
40 x 40 cm
Tinta Acrílica sobre Painel
Carolina P. Castelli
2006
Supplemental & Non-Supplemental Texture
40 x 40 cm
Tinta Acrílica sobre Painel
Carolina P. Castelli
Esta dupla de painéis é um estudo de cores que busca o efeito de texturas determinadas e indeterminadas, complementares e não complementares. Trata-se de uma primeira obra, pintada no ano de 2006, que abre caminho para a produção das seguintes.

Piano, piano, si va lontano

Ano
Título
Tamanho
Material
Proprietário
2007
Piano, piano, si va lontano
70 x 50 cm
Tinta Acrílica sobre Painel
Ricardo M. Pelosi
Aprendi esta frase em italiano com meu avô, Augusto Amato. Uma possível tradução seria “devagar se vai ao longe”. Os vasos remetem a questão da transgeracionalidade: comportamentos que são (ou não) perpetuados através das gerações. “E são dois cílios em pleno ar, atrás do filho vem o pai e o avô”, canta Nando Reis. Na parte inferior, camadas de círculos lembram impressões digitais e, consequentemente, a identidade. Ao mesmo tempo em que parecem troncos de diferentes espessuras em um corte transversal. Na parte superior, o céu aparece no horizonte como uma perspectiva de uma experiência de futuro, carregando o peso do que houve no passado.

Psicoterapia“S”

Ano
Título
Tamanho
Material
Proprietário
2008
Psicoterapia“S”
80 x 60 cm
Tinta Acrílica sobre Painel e Tinta a Óleo sobre Tinta Acrílica.
Fernanda M. D. Gomes
Psicoterapia”S” coloca o foco na espontaneidade e no poder de criação do indivíduo. Fez menção ao mundo do autoconhecimento, que é resultante da análise dos efeitos que produzimos no mundo físico e nas pessoas que estão à nossa volta. As aspas no S final da palavra questionam a multiplicidade de metodologias empregadas nas terapias psicológicas e a ausência de uma unidade na prática clínica do Psicólogo.
A árvore retratada se encontra no Foro Paladino Romano, capturada por Silvia Maria de Carvalho.

Natação
Na ação
Nadar
No dar
Nado
Nada


Ano
Título
Tamanho
Material
Proprietário
2008
Natação, Na ação,
Nadar, No dar, Nado, Nada
70 x 45 cm
Tinta Acrílica e Pó de Pedra sobre Painel
Augusto Amato Neto
O único painel com figuras humanas e sem qualquer planta, ilustra e importante relação do homem com a água. Nos primórdios de nossa vida vivemos mergulhados no líquido amniótico durante meses. Depois no nascimento as pessoas se dividem entre as que se sentem bem no meio líquido e as que não gostam do contato com a água. Considerada uma atividade física completa, é uma arte de tão complexa. Movimentos repetitivos exigem precisão do nadador, que troca com a água as sensações de resistência e ao mesmo tempo de impulso.
As posições foram baseadas em fotos do Prof. Markinhos Machado enquanto acompanhávamos nossos atletas em competição estadual.

Madrugada

Ano
Título
Tamanho
Material
Proprietário
2008
Madrugada
100 x 120 cm
Massa Acrílica e Tinta Acrílica sobre Painel
Augusto Amato Neto
Madrugada representa a introspecção. Um mergulho nos sentimentos mais complexos. Concebe que, mesmo diante da escuridão da noite, um caminho se mostra viável. Trata-se de um painel de tamanho grande capaz de gerar os mais diversos tipos de sentimentos em quem se depara com ele. Na ausência de cores do preto, a arte carrega em si a inspiração da lua e o clima afável distante do sol.

Jatobá e Dalbergia

Ano
Título
Tamanho
Material
Proprietário
2009
Jatobá e Dalbergia
95 x 55 cm
Tinta Acrílica sobre Painel
Januária P. Rotta e Daniel Varajão
Jatobá e Dalbergia representa o casamento enquanto escolha de permanecer junto a cada momento. O amor é retratado pela parceria, nas árvores uma ao lado da outra, demonstrando o companheirismo necessário para a convivência. Faz menção às diferenças entre os membros do casal que se complementam e a desigualdade de preferências pelos desenhos dispostos do lado de cada árvore.

Mexerica Psicodélica

Ano
Título
Tamanho
Material
Proprietário
2010
Mexerica Psicodélica
70 x 90 cm
Tinta para Tecido sobre Algodão Cru.
Paulo Eduardo Vieira
Meu amigo Coruja alugou uma casa que tem dois limoeiros e uma mexeriqueira no quintal. Intimou que eu pintasse algo para sua nova moradia. Resolvi representar a mexeriqueira, o que culminou na intitulada Mexerica Psicodélica, pintado em um pedaço de trama de algodão cru.
O termo "psicodelia" origina-se da composição das palavras gregas psiké (alma) e delos (manifestação). A experiência psicodélica é caracterizada pela percepção de aspectos psicológicos anteriormente desconhecidos e inusitados. A exuberância criativa é um exemplo de psicodelia.