segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quem não se comporta não pode ser reforçado.

Quem trabalha com educação já deve ter refletido sobre seu papel no processo de aprendizagem do indivíduo. Quais comportamentos do educador são mais eficientes para que haja aprendizagem específica, que atinja o objetivo programado. Do ponto de vista técnico, um recurso didático amplamente usado é o levantamento do conhecimento dos alunos para identificar diferentes formas de definição do termo. Então, o educador estabelece uma ligação entre a definição de senso comum oferecida pelos alunos e o conceito teórico a ser trabalhado. Funcionalmente falando, a técnica é denominada modelagem de comportamento verbal. As primeiras perguntas do professor funcionam como estímulos discriminativos verbais para as respostas dos alunos.

Se pergunto: O que é um comportamento vocal? As respostas dos alunos: “É a comunicação falada”; “Que usa a voz”; “É a linguagem que não é escrita ou gestual”. Da primeira resposta, é possível apontar que o produto do comportamento vocal é acústico. Da segunda, que são as complexas respostas musculares que produzem o comportamento vocal. Da terceira, a diferenciação entre comportamento verbal e comportamento vocal. Escrever, digitar, copiar e expressões faciais e gestuais são comportamentos verbais, mas não vocais. Portanto, todo comportamento vocal é verbal, mas nem todo comportamento verbal é, necessariamente, um comportamento vocal.

O comportamento do professor também é modelado pelo efeito que seus comportamentos têm sobre os alunos. Várias são as dimensões destes comportamentos que retroagem sobre o comportamento do professor: a atenção dos ouvintes durante sua fala, o interesse pelas atividades propostas e, inclusive os comentários dentro e fora de sala de aula. Para que os alunos se exponham é preciso receber suas falas como uma audiência não punitiva. Para a aprendizagem com compreensão, é preciso que os alunos se exponham, ou seja, se comportem, para que sua participação seja reforçada socialmente pelo professor e pelos próprios alunos. De acordo com os princípios da Análise do Comportamento quem não se comporta não pode ser reforçado. Portanto, se exponha!

domingo, 20 de setembro de 2009

Pra bom Analista de Comportamento meia Contingência basta.

O movimento filosófico denominado Behaviorismo Radical, através das práticas da Análise Experimental do Comportamento e da Análise do Comportamento Aplicada, defende que o comportamento humano pode ser compreendido em uma contingência tríplice. Diante de um estímulo ocorre um determinado comportamento, que por sua vez produz uma conseqüência. Estabelece-se um controle de estímulos sobre o comportamento, assim como um controle pela conseqüência, a depender das contingências em vigor durante a ocorrência do comportamento. Isto significa que a contingência é como se chama a interação organismo – ambiente. Há uma sensibilidade a mudanças ambientais. Como bem definiu Maria Amélia Matos (2001) “a prática do analista de comportamento é estudar contingências em seu efeito cumulativo sobre o desempenho dos organismos”.

A ciência do comportamento constituiu uma história voltada à previsão, controle e interpretação do comportamento. Estes três pilares justificam a nomenclatura Radical que acompanha o nome Behaviorismo, pois denota a busca pelas raízes do comportamento e de suas variáveis de controle. A multiplicidade de controles exercidos pelas variáveis sobre o mais simples comportamento é parte do engodo encontrado pelo Analista de Comportamento na sua prática. As pesquisas produzidas trazem conhecimentos úteis e de significado prático, permitindo o uso dos conceitos no cotidiano. Nem sempre as variáveis estão acessíveis e permitem uma “leitura” tríplice do comportamento de um indivíduo, mas podemos supor, diante de uma conseqüência produzida, qual comportamento tem maior ou menor probabilidade de ser emitido no futuro. Da mesma forma, observando contextos, condições e dimensões ambientais que alguns comportamentos são mais prováveis diante destes estímulos. Pode-se concluir, portanto, que: pra bom Analista de Comportamento, meia Contingência basta.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sensação e Percepção

Despertador. Trabalhar!
Carro. Sol na cara.
Vejo aquela pessoa. O que será que ela vai me falar?
Estou com fome. O que eu comi hoje?
Cai a cadeira. Susto!
Deu a hora. Saio Correndo...
Penso. Não posso esquecer!
Anoto. Onde vou guardar?
Suspiro. Estou cansado.
Chego. Começo a falar.
Perguntam. Presto Atenção.
Respondo. Fui claro?
Fazem a piada. Todos dão risada.
Chove forte. A luz acaba.
Escuro. Luz de Emergência.
Apagão. Dispensa!
Dirijo. Vou devagar.
Termino. Jantar?
Banho. Relaxar!
Roupa no cesto. Checagem do bolso.
Lembrete. Esqueci!
Corro. Cadê o telefone?