Porque encontra nelas o que é comum nos relacionamentos.
Descobre que nos é permitido apenas “felicidade à vista”, vivida no ato.
Que o amor precisa mais de exalação do que de inspiração.
Então ela dá sentido ao que vive: “a paixão é o medo de se perder; o amor é o medo de perdê-lo”.
Percebe então que as palavras não ditas a deixam nervosa.
E se acalma com as doses de verdade em letras e espaços.
Desvenda que “o amor é não pedir segredo e ser todo guardado”.
É-lhe dito que “o pessimista no amor não é o que pensa que a relação pode acabar, e sim aquele que pensa que a relação nunca existiu”.
Revelado que “amor é quando a gente conta o que está acontecendo para todo mundo e o segredo nunca se esgota”.
E que “o verdadeiro amor platônico começa depois da transa”.
O que a leva a concluir que “costumamos chamar de amor o que a gente já conhece, mas que ele é o que não sabemos”.
Porém, e se ela vier a acreditar que não pode vivê-lo?
É porque não aceita que o amor que ele pode lhe dar não é o que ela espera.
Mas, enfim, ela suspira aliviada ao ler:
“No amor, em algum momento, você terá que ser ingênuo e acreditar. Terá que largar uma vida, refazer sua vida. Terá que abandonar a filosofia pessimista, a inteligência solteira do botequim e se declarar apaixonado. Terá que ser incoerente, contradizer fundamentos inegociáveis. Terá que rasgar a certidão negativa, a proteção bancária, os manifestos de aversão ao casamento e filhos”.
E a pergunta que não quer calar:
Esta ela à Carpinejar?
-oOo-
Entre aspas aforismos de autoria de Fabrício Carpinejar extraídos de seu Blog e Twitter [carpinejar.blogspot.com][twitter.com/CARPINEJAR].
21.01.2010
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