segunda-feira, 22 de junho de 2009

Registro de Pensamentos

Porventura descobriu quando criança que ler era uma boa atividade a se dedicar. Lia muito. E passou a escrever. Suas redações chamadas "Meu final de semana" se destacavam no grupo da primeira série. Seus textos no colegial agradavam os professores. Boas pontuações nos vestibulares o fizeram ingressar na graduação aos dezessete anos em uma universidade tradicional.
De modo algum passou desapercebido pelos professores da faculdade. Trabalhos eram levados a sério e sempre lhe mobilizavam demais. E os alunos aguardavam algo muito bem preparado, amparado pelo uso de recursos audiovisuais. Nos seus seminários, os outros setenta alunos atentavam as suas palavras.
Assaz terminada a graduação partiu para o mestrado em outra universidade. Consultou algumas dezenas de autores para escrever, tardes de trabalho árduo, madrugadas na escrivaninha redigindo seus argumentos em companhia da luminária acesa. Isolado do mundo, produziu conhecimentos e dialogou com seu orientador.Agora cursa o doutorado em renomada universidade pública. Em seus mergulhos no mundo da reflexão, cada vez mais frequentes, sentiu vontade de registrar seus pensamentos. Olhou para as paredes e não exitou: pegou o lápis e transcreveu seus pensamentos, digressões, dúvidas e sínteses. O que começa com um pequeno pedaço escrito, passa a crescer nas paredes, de uma para outra. Escritos e desenhos vão tomando conta do espaço no apartamento.

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