segunda-feira, 18 de maio de 2009

Acompanho

Sempre que ela chega o ambiente fica mais interessante, mesmo quando mal humorada ou desanimada. Quando está assim, olhando pra baixo e alguém se aproxima, não mexe o rosto, apenas levanta o olhar.

Não são raros seus momentos de alegria e empolgação. Nestes momentos está sempre em contato com as pessoas, o que faz com graciosidade. Só não mede a força quando brinca dando tapas ou cutucando alguém. Outro dia lhe perguntaram se assim era seu carinho, como seria sua agressividade. Ela riu e ninguém conseguiu ficar bravo.

Seus cabelos de pontas claras e sua pele morena queimados de sol seguem passeando pra lá e pra cá. A risada no rosto é marcada pelo seu queixo proeminente. Gosta de ouvir black music americana, talvez pela persistência e determinação dos negros de lá.

Consegue se inspirar na truculência do basquete sem perder o mais insignificante e desejável sinal de feminilidade. Quer fazer faculdade em escola americana. Tem muito pela frente e levará boa parte de como é para o futuro. Ela não briga consigo mesma, e nem precisa.

Pede ajuda quando precisa e resolve desentendimentos, é pacificadora. Já brigou várias vezes comigo por trocar a letra “z” pelo “s” no seu nome que, por sinal, tem o significado de lutadora. Ela implica com minhas músicas, fazendo me sentir um velho, mas sempre está aprendendo comigo. É uma via de mão dupla.

Nenhum comentário: