Arte de Weberson Santiago |
A família da minha avó paterna, Rosa, sempre foi muito
divertida. Eles gostavam de fazer brincadeiras e pregar peças nos familiares.
Era uma tarde qualquer no início dos anos 90 quando a Tia
Joana, irmã da minha avó, chamou minha mãe no telefone e falou pra passarmos da
casa dela porque ela tinha algo para nós. Meu pai tinha uma Chevrolet Chevy
500, meus dois irmãos mais novos e eu íamos na carroceria. Ele chegou do
trabalho, todos entraram no carro e fomos até lá.
Ao chegar na casa da Tia Joana, foi só dar uma buzinada e ela
saiu com uma travessa cheia de pasteis. Nós nem descemos do “tomóve”, como ela
se referia a um carro, e ficamos ali na porta, em cima da caminhonete, comendo
pastel e jogando conversa fora. Já tinha comido dois, quando peguei um terceiro.
Era o maior de todos. Na primeira mordida, todos caíram na risada. Não deu nem
tempo de mastigar, mas o pastel estava cheio de algodão. Era uma pegadinha para
pegar o guloso, que seria atraído pelo maior dos pasteis. A brincadeira do
pastel recheado de algodão era uma tradição familiar. Todas as mulheres da família
faziam.
Uma vez, passeando em Santos, meus avós passaram por uma casa
que vendia apetrechos de mágica. Curiosos, entraram para conhecer e descobriram
que ali eram vendidas objetos de brincadeiras e levaram algumas coisas.
Um dia, meus pais nos deixaram na casa dos meus avós porque
tinham um compromisso noturno. Ao chegar, minha avó falou pra levarmos a
mochila pro quarto onde dormiríamos. Ao chegar lá, tinha um belo de um cocô em
formato do sorvete da casquinha do McDonalds. Nós não entendemos nada porque na
casa deles nem tinha cachorro. Ela caiu na risada. O cocô era de plástico.
Já o meu avô, tinha um apito de gato que ficava escondido
dentro da boca e ele adorava fazer os netos mais novos procurarem o suposto gato
que miava pelos jardins ou embaixo dos móveis da casa. Tem uma fita VHS com o
meu irmão Caio se jogando no chão a procura do gato.
Minha avó materna, Malvina, já não era de preparar
brincadeiras, mas foi responsável por uma das cenas mais divertidas da minha
infância. Um dia meus pais nos deixaram na casa dela para sair a noite. Nem
desceram do carro. Nós três paramos na porta, cheio de sacolas, tocamos a campainha e quando ela abriu a
porta, sua saia caiu e ela ficou só com o saiote que estava por baixo. Nós três
caímos na risada e ela também. Parecia ter sido planejado e ensaiado, pois a
porta abriu e um segundo depois a saia caiu.
A vida fica mais leve quando a gente brinca e se diverte.
| Busque alternar momentos de tensão com momentos de leveza. Faça
alguém sorrir.
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2 comentários:
Augusto esta ultima fornada está um show...parabéns!!!
Obrigado, Tania!
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