quarta-feira, 2 de junho de 2010

Praça do Relógio

Não há desilusão sem negar a existência.

O vivido na categoria do fantasioso.

O convencimento do que já é.

Nunca quisemos ser sensações na presença.

Nem persuadidos pela ausência.

O sorriso do gesto,

Brevemente conhecido.

Casa de ribanceira na chuva e vazia.

A grama verde espessa em movimento.

Raio de sol combinado com o vento.

Isolado e distante,

Olho e não enxergo.

A polpa espremida com riso no suco.

Percorro ruas que se renovam no atalho.

É possível não deixar ser,

Quão aberto é o findar.


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